O Açúcar e o Homem

1972

Brasil Açucareiro

Vol. 80

  • p. 36

Museu do Açúcar

Com apenas doze anos de existência, o Museu do Açúcar já tem uma longa história para contar. Criado pela Resolução 1475/60, da Comissão Executiva do Instituto do Açúcar e do Álcool, então sob à presidência do Jornalista Manoel Gomes Maranhão, foi inaugurado no dia 3/8/60, com uma exposição realizada na sede do IAA, no Rio de Janeiro. Resultante de um profícuo trabalho de pesquisa, realizado pelo Historiador Gil de Methódio Maranhão, essa primeira mostra despertou grande interesse nos visitantes, que ali descobriram uma rica fonte de estudos. A criação do Museu do Açúcar foi aceita com grande entusiasmo e, logo após a sua inauguração, ele recebeu uma visitação surpreendente. No ano seguinte, ele foi transferido para o Recife, onde foi inaugurado em sede provisória, no dia 31/01/61. Apesar das precariedades das novas instalações, o Museu do Açúcar, sob a direção do Sr. Fernando da Cruz Gouvêa, teve uma afluência muito grande de visitantes. Diariamente, dezenas e até centenas de estudantes e visitantes os mais diversos, percorriam suas várias seções. Entretanto, o Museu crescia continuamente e urgia que se fizesse, o quanto antes, a sua transferência para a sede própria, que estava sendo construída em terras que foram no século XVII, possivelmente, do engenho Monteiro. Lugar, por excelência, açucareiro, no passado, portanto, ideal para no presente nele se levantasse um Museu do Açúcar. No dia 12 de outubro de 1963, em meio às festividades do 30º aniversário do Instituto do Açúcar e do Álcool, o Museu do Açúcar foi, finalmente, inaugurado, em sessão solene presidida pelo Dr. Manoel Gomes Maranhão, então Presidente em exercício do Instituto.

Nesse dia foi aberta ao público a exposição de cunho social, intitulada “O Açúcar e o Homem”, montada pelo arquiteto Aloisio Magalhães. De caráter permanente, esta mostra permanece até hoje, depois de 9 anos de inaugurada, recebendo os mais altos elogios, pelo bom gosto e técnica apurada de exposição, dentro do mais moderno estilo de comunicação. Em setembro de 1964, foi aberta a primeira exposição temporária do M. A., sob o tema de “Medalhas Holandesas”, com catálogo prefaciado pelo Historiador José Antônio Gonsalves de Mello Neto. Nessa ocasião, o Museu estava sob a direção de Virgínia Ribeiro de Barros e Silva, Chefe da Seção …

Outras exposições temporárias seguiram-se: — “Cultura da Cana-de-Açúcar” — 1965. — “Engenhos do Vale do Siriji” — 1966. — “Cultura e Indústria da Cana-de-Açúcar” — 1967. — “Bigodes” — 1967. — “530º Aniversário da Cidade do Recife” — 1967. — “Rótulos de Aguardente” — 1967. — “80º Aniversário da Abolição da Escravatura” — 1968. — “Engenhos da Vale do Jaboatão” — 1968. — “Engenhos do Vale do Pirapama” — 1969. — “Folclore da Zona Canavieira do Nordeste” — 1971. Em 1972, finalmente, após algumas mostras provisórias do seu acervo referente à história e à técnica da indústria açucareira, o M. A. abriu ao público, no dia 17 de março, a exposição permanente “História e Técnica”, que veio a constituir um marco na história do Museu do Açúcar. No ato de sua inauguração, vendo-se ao fundo …

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