Pintura – Folha da Manhã

1953

1997

UT Libraries 2008

A Crônica de Cinema No Recife Dos Anos 50

  • p. 21

Da segunda página em diante, seguem-se as seções de “Cinema”, “Rádio”, “Crônica Jurídica”, “Página Cristã”, “Economia”, “Vida Rural”, “Mundo Canino” (os títulos variam entre os jornais, mas os temas são quase sempre os mesmos).

Na página diária de espetáculos, os assuntos cinematográficos podem ganhar até quatro “seções” (chamaremos assim, apesar de nem todas serem colunas fixas, regulares e com nome determinado): a crônica de cinema assinada por um jornalista local; a coluna dos filmes em cartaz, que traz a relação das salas de cinema e suas respectivas atrações; a reprodução de material enviado pelas agências internacionais e companhias brasileiras; e, como já mencionamos, as fotos das estrelas do cinema americano e europeu – às vezes em poses de estúdios outras em “flagrantes” (não menos posados) -, acompanhadas por legendas redigidas em estilo publicitário, menos interessadas em oferecer informações recentes sobre os astros do que em louvar suas qualidades artísticas e pessoais. A essas “seções”, acrescente-se outro procedimento adotado pela Folha da Manhã (Vespertina) que é o de reproduzir material publicado originalmente no jornal Última Hora, …

Em 1952, na página “Espetáculos” do jornal, editada por Luiz Ayala (o “L.” do Diário de Pernambuco), encontramos as seções “Cinema”, “Música”, “Folha nos Teatros” e “Folha no Rádio”. As colunas assinadas trazem os nomes de Luiz Ayala (“Na Linha Média”, coluna sobre assuntos gerais, escrita na primeira pessoa), Hermilo Borba Filho (“Fora de Cena”, teatro) e Paulo Fernando Craveiro (“Ronda Cinematográfica”). No ano seguinte, a Folha reestrutura a página de espetáculos e forma um conceituado time de cronistas culturais. A coluna “Pintura”; fica sob a responsabilidade do artista plástico Aloisio Magalhães; o escritor Ariano Suassuna escreve sobre “Literatura”; Geraldo Menucci assina “Música”; Hermilo Borba Filho e Paulo Fernando Craveiro permanecem como colaboradores (com a diferença que “Fora de Cena” torna-se “Teatro”).