2009
Fotografias
- p. 245
Eu dediquei meu livro ao Aloisio Magalhães da mesma forma que subintitulei a reunião de minhas imagens e textos de Euclides da Cunha de cantochão: porque tanto o Aloisio, na sua solitária batalha pela cultura no Brasil, quanto o ritmo do cantochão, representam para mim a mesma carência de fincar raízes no país que escolhi: o Brasil. Ao fazer a homenagem post-mortem ao grande batalhador que foi o Aloisio Magalhães, esse In memoriam tem, espero, o valor de um coro, porque todos ficamos órfãos com a morte de Aloisio Magalhães. No mundo do candomblé, zelador é um pai de santo, o Aloisio foi esse zelador da cultura brasileira. E no mundo de hoje, em que tanta e tanta coisa depende do espírito de luta e determinação de um ser humano, enquanto ele está vivo e faz brotar tudo a seu redor, quando ele morre as coisas também morrem um pouco com ele.