Zuenir Ventura
23/6/1982
UT Libraries 2008
Isto É – Cultura – nº 287
O país perde o seu primeiro ministro da Cultura
O gesto e o desenho
Papa do Design
- p. 163
No Rio, Aloisio migrou de suas gravuras, de seus cartemas e quadros para dentro do Paço Imperial, que ele restaurava como quem conserta a casa da família. Aliás, nesse palácio carioca da praça XV foi seu corpo velado, ao chegar da Europa. Como o de um príncipe luso-brasileiro. Pois em Alcântara, quando lá estive, a cidade aguardava a segunda vinda de Aloisio, que a visitara e prometera aos alcantarenses um plano de recuperação, ou de salvação, já que a Aeronáutica pretende instalar lá seu campo de experiências com mísseis.
Edmar não falava no secretário da Cultura pensando apenas nos tesouros de família acumulados em sua casa, igualmente nos tesouros de Alcântara, que também merece transformar-se em monumento mundial, como Ouro Preto e Olinda.
Pela parte que me toca, pensei, ao ver Alcântara, em pedir a Aloisio Magalhães que não só cuidasse materialmente da cidade como ainda que encomendasse um estudo histórico em que se examinassem as razões da sua destruição.
SACADA
Antonio Callado
Dia da ira em Alcântara
Em que se evoca a figura de artista e patrono das artes de Aloisio Magalhães, príncipe de Olinda, senhor do Paço Imperial do Rio de Janeiro.
Se Aloisio Magalhães tinha conquistado no Brasil inteiro uma elegante popularidade (era artista e patrono das artes num homem só), em Alcântara, no Maranhão, falava-se nele como no messias.