Arte Plumária do Brasil

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Catálogo da Exposição: Palácio do Itamaraty 12/1980 a 1/1981.

fonte: UT Libraries 2008.

  • p. 7

Prefácio de Aloisio Magalhães

– Secretário do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

– Presidente da Fundação Nacional próMemória

No quadro da história da civilização, as culturas se afirmam pela natureza das representações que propiciam. Dessas, as mais criativas são as que melhor servem como indicadores para o cotejo de diferentes contextos culturais.

Num tal cotejo, o tamanho e a frequência dos exemplos de qualquer representação não constituem os componentes de maior importância a serem analisados. Um artefato, pequeno, pode refletir uma soma de valores da cultura a que pertença superior àquela encontrada num outro, grande, e que devido a suas dimensões se imponha mais obviamente a percepção do observador. De forma análoga, a raridade de determinado gênero de objetos de arte não implica na irrelevância dos mesmos, nem na ausência de força e poder da manifestação a que se prendem.

Estas considerações me parecem pertinentes em relação à plumária dos índios brasileiros. Sem dúvida um dos mais rquintados modos de fazer do nosso povo, as frágeis e aladas formas que produz sintetizam, em seu denso esplendor, todo um dinâmico universo de invenção e florescência.

Visto assim não apenas em sua maravilhosa sofisticação estética, mas também como resultado de um amplo, ativo e contínuo impulso criador, o acervo da presente exposição oferece um tocante, essencial e exemplar testemunho da cultura do país.

Agosto 1983

UT Libraries 2008

Exposição arte plumária do Brasil:

17ª Bienal de São Paulo, 14 de outubro a 16 de dezembro de 1983, Pavilhão Engenheiro Armando Arruda Pereira, Parque Ibirapuera, São Paulo, Brasil

Devemos prestar um tributo à memória de Aloisio Magalhães, então diretor da Fundação próMemória, cujo apoio foi dado com entusiasmo.