1980
UT Libraries 2008
SPHAN pró-Memória
- p. 40
A Biblioteca Nacional, órgão da Secretaria da Cultura do MEC, passará por uma série de reformulações de base em seu sistema de trabalho,
“para se transformar em um instrumento ágil na transmissão de informação, que possa atender a qualquer universidade, a qualquer pesquisador, à comunidade em geral”,
conforme afirmou o Professor Aloisio Magalhães, Secretário da Cultura do MEC, ao anunciar o projeto elaborado para a instituição, em que se prevê, entre outras medidas, programas de codificação, computação e microfilmagem. As mudanças no funcionamento da Biblioteca Nacional começaram em janeiro com a substituição de seu Diretor Plínio Doyle pela bibliotecária Célia Zaher, que, a pedido do Ministro Rubem Ludwig, foi colocada à disposição do MEC, por um ano, pela Direção-Geral da UNESCO, onde dirigia a Divisão de Livros, Mestre e Doutora em Administração e Biblioteconomia, fundadora do Instituto Brasileiro de Pesquisa Técnica e Científica, Célia Zaher será responsável pela definição mais detalhada do projeto de reformas da Biblioteca Nacional.
Ao justificar as reformulações no esquema de funcionamento da Biblioteca Nacional, Aloisio Magalhães disse que a situação da instituição era a mais crítica entre todos os órgãos da área cultural, apresentando problemas que se arrastavam há anos e que resistiram a todas as tentativas feitas pelas administrações anteriores.
Como cabeça de informação, a Biblioteca Nacional é um grande atraso, está completamente inadequada a esta função. Era preciso que deixasse de ser uma biblioteca da avenida Rio Branco, no Rio, e se transformasse em um alimentador das bibliotecas brasileiras, como acontece em todos os países do mundo.”
“A Biblioteca Nacional
— disse, ainda, Aloisio Magalhães –
é um grande acervo, mas incapacitado para atender ao pressuposto de ser nacional. Ela mal conseguia ser uma biblioteca municipal do Rio de Janeiro”.
Entre os principais problemas ali detectados, o Secretário da Cultura aponta …
Espaço Aloisio Magalhães 