Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
A perda de sua (do artista) função social útil na comunidade, forçou-o a um isolamento que se torna cada dia mais insuportável. Este isolamento, deve-se sobretudo ao desenvolvimento técnico-industrial; enquanto anteriormente o retrato do rei ou a comemoração da batalha só poderiam ser fixados pelo artista, a máquina passou a substituí-lo com vantagem na representação da imagem.
É interessante observar que será através dessa mesma industrialização e tecnologia, responsáveis no começo pelo seu isolamento, que o artista de hoje se oferece a oportunidade de retomar a sua posição fundamental de criador participante do contexto social. A máquina, no começo tão difamada por aqueles que nela viam o fim do individualismo, constitui hoje o veículo próprio para atender à necessidade de comunicação em larga escala.